quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Isso foi para a Dione (Recifense arretada)

Dione, conforme comentamos ontem, vou narrar à todos um fato que ocorreu comigo, espero que seja exemplo dignificante para os jovens pais.
Me considero mulher corajosa, não tenho receio de assaltantes e os mortos não me assombram. Mas, todos temos um ponto fraco né? O meu são pererecas saltitantes (pererecas pessoal) e cobras (nem precisa ser peçonhenta). Estou falando sério, maliciosos de plantão!! Pois é, a Loba tem paúra de cobras e pererecas...

Quando eu estava recém-operada do meu aneurisma cerebral (ainda careca), viajei em companhia do pequenino Gustavo de 4 anos e o pai dele. Rodovia deserta, Gustavo sentado no encosto de braço dos passageiros do banco traseiro, quando meu ex-marido atropelou uma imensa cobra que rastejava desesperada no asfalto quente. A dita cuja não morreu, ficou lá esperneando e tirando de mim pequeninos gritos de medo.
Pra meu desespero, o provocativo e queridíssimo ex, resolveu recolher a agonizante cobra em imenso saco plástico que se encontrava no porta malas. Descemos do carro (ficava mais prático fugir fora do carro, evidentemente). Ele então tentava de todas formas, com o auxílio de um pedaço de pau, enfiar a bendita no saco e não conseguia, pois a dita esperneava desesperada e eu GEMIA SUFOCADA à cada retorcida do ser atroz. Meu filho recuava junto com a mãe, o medo da covarde era evidente, não tinha como disfarçar!
Até que o ex, que vivia silencioso disse nervoso para a mãe neurótica:
- Você não está vendo que está deixando o Gustavo com medo? Pára com essas frescuras...

Foi automático, sem medo algum dirigí-me à cobra, peguei a bitela com ambas as mãos e enfiei no imenso saco plástico. Amarrei bem a boca do salvador (vários nós) e entreguei o volume ao louco...
Sem medo algum, pois a causa era justa!
Moral da História: Por nossos filhos fazemos TUDO, até mesmo disfarçar nossas emoções e sermos até mesmo hipócritas. Desde que a causa seja justa ok???
Beijos no core...
Auuuuuuuuuuuuu

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