segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Tudo está mudando em minha vida, tomando novos rumos, outras perspectivas. Mas, não pensem que tenho tanta força assim a ponto de levar qualquer espécie de vida e internamente continuar a mesma. Penso que até podar os defeitos pode ser perigoso, pois nunca sabemos qual defeito é o pilar mestre de nossa construção inteira.
Décadas de solidão provocaram uma transformação considerável em minha pessoa. No momento que me resignei, perdí toda a vivacidade e interesse pelas coisas. Imagine uma Loba sem voz.

Minha amiga íntima, Clarice Lispector termina (arre, mulher porreta!!)
"Assim fiquei eu!
Para me adaptar ao que era inadaptável, para vencer minhas repulsas e meus sonhos, tive que cortar meus grilhões - cortei em mim a forma que poderia fazer mal aos outros e a mim. E com isso cortei também a minha força. Ouça: respeite mesmo o que é ruim em você - respeite sobretudo o que imagina que é ruim em você - não copie uma pessoa ideal, copie você mesma - é esse seu único meio de viver.
Juro por Deus que, se houvesse um céu, uma pessoa que se sacrificou por covardia ia ser punida e iria para um inferno qualquer. Se é que uma vida morna não é ser punida por essa mesma mornidão. Pegue para você o que lhe pertence, e o que lhe pertence é tudo o que sua vida exige. Parece uma vida amoral. Mas o que é verdadeiramente imoral é ter desistido de si mesma. Gostaria mesmo que você me visse e assistisse minha vida sem eu saber. Ver o que pode suceder quando se pactua com a comodidade da alma".

Nenhum comentário: