quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Passarela imaginária!!


Eu tive um sonho. Alcei vôos fantásticos. Toquei as estrelas com as mãos, repousei os pés em planetas, deitei na lua em sua penumbra e engolí o sol por diversas vezes enquanto permanecí nos braços do sonho.
Ele estendeu à minha frente um tapete glorioso. Pior, ensinou-me a caminhar sobre ele. Maravilha das maravilhas!! Fui transportada à um mundo mágico, em que me foi permitido acreditar que tudo é possível. Saí da realidade e me afoguei no sonho. Viví cada segundo, cada sensação, cada emoção. Olhava e não acreditava que era possível ter acontecido, mas o mais interessante é que achava que tudo não teria fim. Aceitei a dádiva todinha e permití a embriaguês...
Um dia, finalmente o sonho puxou o tapete que estendeu com maestria. Estatalei, tento fazer na ferida que se recusa a fechar uma linda tatuagem, continuo negando-me a acordar!!

(vou lapidar o texto, por enquanto não consigo continuar)

Travesseiros Imaginários

Karambolas... Lí o texto e fiquei suspensa no ar!!!! Quisera ter o poder de escrever assim...

Todo dia eu faço uma aposta. As pessoas nadam em suas próprias mentiras. Passam por cima do sol para angariar o que lhes é aprazível. E seguem insones. As cabeças cansadas já não cabem mais nos travesseiros de costume. As palpebras pesam à medida dos anos. As pessoas seguem pisando em seus chãos, em seus céus, em seus sóis e em si mesmas. E se martirizam a cada segredo guardado na estante sustentada em madeira e remorso. As pessoas passam a vida tentando ficar impunes enquanto eu almejo apenas ficar imune a todas elas. E quando já não há mais espaço entre madeira e remorso, as pessoas tentam outros travesseiros que abracem generosamente suas cabeças cheias de culpa. E se aproximam umas das outras em busca de perdão, em busca de algo que as leve à redenção. E seguem cegas e insones. À procura de seus travesseiros imaginários. E adoecem envenenadas por seus próprios segredos. Todo dia eu faço uma aposta. Enquanto as pessoas morrem afogadas na piscina de mentiras que cultivam em seus quintais. As cabeças são grandes demais para as fôrmas dos travesseiros vendidos nas lojas. E pesam. Pesam a medida dos anos. E quando estendo a mão a alguém é quase sempre um lapso. Cada aceno em direção ao outro é risco de queda livre. E sempre aceno. E sempre despenco. Mas meu consolo é minha estante. Sustentada em madeira e fé. E meu travesseiro tem a medida de minha cabeça: leve. E ainda assim, todo dia eu faço uma aposta. E todo dia eu perco.

Maíra Viana

terça-feira, 28 de julho de 2009

Arf, arf...

Respirar dói. E como!
Queria desvendar o insondável, modificando essa sensação que carrego. Não tenho ombros pra tanto, sequer forças, mas tenho que respirar. E dói...
Assim vou seguindo e tentando enveredar por novos caminhos.

Uma mente inquieta...


(repetindo postagem procurada)...
Muitas vezes me perguntei se optaria por ter tido ou não essa doença, caso pudesse escolher. Se eu não dispusesse de ajuda, ou se os remédios não funcionassem no meu caso, a resposta seria um simples “não” – e seria uma resposta impregnada de horror. No entanto, os remédios funcionaram no meu caso; e, por isso, suponho que possa me permitir essa pergunta. Por estranho que pareça, creio que optaria por ter a doença. É complicado. A depressão é apavorante demais e não cabe em palavras, sons ou imagens. Eu não gostaria de voltar a passar por uma depressão prolongada. Ela exaure os relacionamentos através da suspeita, da falta de confiança e de amor-próprio, da incapacidade de aproveitar a vida, de caminhar, conversar ou raciocinar normalmente, da exaustão, dos terrores noturnos, dos terrores diurnos. Não há nada de bom que se possa dizer da depressão, a não ser que ela nos dá a experiência de como deve ser a velhice, ser velho e doente, estar à morte; ter a mente lerda, não ter elegância, educação ou coordenação; ser feio; não acreditar nas possibilidades da vida, nos prazeres do sexo, na perfeição da música ou na capacidade de provocar o riso em nós mesmos e nos outros.
As outras pessoas insinuam que sabem como é estar deprimido porque passaram por um divórcio, perderam um parente, um amigo ou emprego, ou romperam relações com alguém. A verdade é que essas experiências trazem consigo sentimentos. Já a depressão é neutra, oca e insuportável. Ela é também cansativa. Ninguém agüenta ficar ao lado de quem está deprimido. As pessoas podem achar que deviam ficar, e podem até tentar, mas você sabe e elas sabem que você está incrivelmente chato: irritável, paranóico, sem senso de humor, sem energia, cheio de críticas e exigências, e nenhum tipo de esforço para reanimá-lo jamais é suficiente. Você está assustado e está assustador. Você “não está nem um pouco parecido consigo mesmo, mas logo vai estar”, só que você sabe que não vai.
E então por que eu iria querer ter alguma coisa a ver com essa doença? Porque acredito sinceramente que, em conseqüência dela, senti mais coisas e com maior profundidade; tive mais experiências (e mais intensas); amei mais e fui mais amada; ri mais vezes por ter chorado mais vezes; apreciei mais as primaveras apesar de todos os invernos; vesti a morte “bem junto ao corpo como calças jeans” e aprendi a apreciá-la; vi o que há de melhor e mais terrível nas pessoas e aos poucos aprendi os valores do afeto, da lealdade e de ir até o fim. Conheci os limites da minha mente e do meu coração, e percebi como os dois são frágeis e como, em última análise, são incognoscíveis. Em depressão, engatinhei para poder atravessar um quarto e fiz isso meses a fio. No entanto, normal ou maníaca, corri mais, pensei mais rápido e amei mais do que a maioria das pessoas que conheço. E creio que boa parte disso está relacionado à minha doença – à intensidade que ela confere às coisas e à perspectiva que ela me impõe. Creio que ela me fez testar os limites da minha mente (que, embora deficiente, está firme) bem como os limites da minha criação, família, formação e dos meus amigos.
As incontáveis hipomanias, e a própria mania, todas trouxeram para minha vida um nível diferente de sensação, sentimentos e pensamentos. Mesmo quando mais psicótica – delirante, alucinada, frenética – estive consciente da descoberta de novos recantos na minha mente e no meu coração. Alguns desses recantos eram incríveis, lindos; tiraram meu fôlego e fizeram com que eu sentisse que poderia morrer ali mesmo que as imagens me sustentariam. Alguns deles eram feios, grotescos. Não quis nunca saber que eles existiam, nem vê-los de novo. Sempre, porém, havia aqueles novos recantos; e – quando me sinto normal, devendo essa minha identidade à medicina e ao amor – não posso imaginar que me torne indiferente à vida, porque sei desses recantos sem limites, com seus panoramas sem limites.

Auuuuuuuuuuuuuuuu

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Atarantada...

Abrí a porta e corrí ao banheiro, enquanto isso meu príncipezinhozão assistia TV esparramado desengonçadamente no colchão da sala, sequer falei olá ou prestei atenção em algum som ou baderna ao redor, só pensava em aliviar o cinturão, depois o jeans justésimo, rebolar até o chão (jeans sempre pegando nas pernas) e finalmente abaixar a calcinha. Quase esqueço de sentar-me no vaso sanitário, é verdade, mas deu tempo!
Depois de todo esse ato (quase-falho) conseguí dizer:
- Oi filho, o que foi que você disse?
Pronto. Era a deixa que o gurí esperava.
Papo realizado, continuei a operação desmanche do calambeque aquí. Com esse frio, tudo complica, os acessórios são infinitos, em maior profusão e grande dificuldade na retirada: pulseiras, anéis, brincos, cachecol, gorro, botas, meias, segunda pele e o pior de tudo, a bendita da famigerada funilaria, que não sou mais idiota de sair de cara limpa, pálida, manchada e enrugada né? Acho que sou perita em tal quesito, engano bem...
O terrível é limpar a baderna da cara depois, porisso digo que ainda largo do pecado da vaidade, assim fica mais fácil meu passe para o céu. Tá prometido, isso se eu não mudar da idéia atual de que nunca, nunca mais me ligo em alguém.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

By Medusa Moranguinho Infernal

Que coisa mais linda, mais preciosa... você devia dividir toda essa beleza dionisíaca, perturbadora, um pouco triste, nostálgica, pungente e, principalmente, viva, com o mundo, mesmo sabendo que a maior parte das pessoas ainda preferiria comprar muambas em Miami a saborear verdadeiramente, com gosto, as palavras, como se saboreia um doce feito pela avó, com sabor de saudade, de nuvem, de alegria que a gente sabe que nunca dura pra sempre e sai, esfomeado, de novo, perambulando pela casa, procurando um restinho nos potes, nos armários, na geladeira...
Assim também é amar: a gente sai procurando nas prateleiras da vida alguma coisa com gosto do que já foi e a gente nem sabe mais o que é, mas quer, deseja, sempre com fome, com gula, mesmo sabendo que pode dar dor de barriga lá na frente. E como a gente nunca deu ouvidos à avó, à mãe, assim também é o coração apaixonado. Ele não ouve ninguém, nada além de suas batidas descompassadas, de felicidade ou angústia extrema.
Falei de tudo isso, divaguei, perdi o raciocínio pra encontrar depois, só pra dizer que o amor, esse com gosto da infância perdida, existe. Mas não se encontra em qualquer mercadinho de esquina, nem nos hipermercados, nos shoppings. A gente tromba com ele pela rua. Como lata, às vezes a gente chuta. Como moeda, às vezes a gente pega, enfia no bolso, acaba perdendo ou passa adiante.
Na verdade, a gente devia sempre tratá-lo como pedrinha brilhante, talismã, que a gente recolhe, não perde, acha que dá sorte (e dá!), faz dela um tesouro.

Falei de tudo isso, meu amigo, pra dizer que a felicidade romântica é leve, e inacreditavelmente é possível. Basta querer.

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Enquanto isso...

Estou me preparando para realizar maiores obras por detrás do cenário.
No momento, tudo leva a crer que o camarim não será guarnecido de glórias visíveis. Não sei se mudo de idéia, mas tudo é possível em se tratando de minha pessoa.
Por favor, sem muita luz, flôres caras, espelhos, tumulto, som alto e tietagem. Imprescindível bons aromas, excelentes fluidos, paz, franqueza, limpeza, organização, positivismo, fé e...
Já sei, quer saber o que eu quero dizer com as reticências. Nada! Só quero que você complete. Não fique no camarote, por favor. Você é bem vindo ao meu lado, pois quando as cortinas do cenário se abrirem você será o(a) responsável pelo espetáculo.
Te dou os créditos sem egoísmo algum!!!

domingo, 12 de julho de 2009

Mude

Mas comece devagar,
comece na sua velocidade.

Sente-se diferente, em outra cadeira,
no outro lado da mesa.
Mais tarde, mude de mesa.
Quando sair, ande pelo outro lado da rua,
depois mude de caminho,
ande por outras ruas, mais devagar,
observando os lugares por onde passa.
Tome outros ônibus, se for o caso.
Mude por uns tempos o estilo das roupas,
dê os seus sapatos velhos,
procure andar descalço por uns dias.
Tire uma tarde livre
para passear no parque ou na praia.
Saia sozinho para ouvir o canto dos pássaros.

Veja o mundo de outras perspectivas.
Abra gavetas e portas com a mão esquerda.
Durma no outro lado da cama.
Depois, de ponta-cabeça.
Assista a outros programas de tv,
compre outros jornais,
leia outros livros,
viva outros romances.
Troque de carro.
Não faça do hábito um estilo de vida.
- Ame a novidade.
Corrija a postura, faça ginástica, durma mais tarde, ou acorde mais cedo.
Aprenda uma palavra nova por dia
numa outra língua.
Escolha novas comidas, temperos, cores,
diferentes delícias.
Experimente a gostosura da pouca quantidade.

- Tente o novo todo dia.
O novo lado,
o novo método,
o novo jeito,
o novo sabor,
o novo prazer,
o novo amor.
- A nova vida.
Faça novos amigos, mantenha novas relações,
almoce em outros lugares,
vá a outros restaurantes,
tome outros tipos de bebida,
compre pão em outra padaria.
Almoce mais cedo, jante mais tarde - ou vice-versa.
Escolha outro mercado,
outra marca de sabão, novos cremes.
Tome banho em horários variáveis.
Use canetas de outras cores.
Vá passear em outros lugares.
(Comece agora uma viagem para bem longe do aqui.)
Faça amor de modos diferentes.
Troque de bolsa, de carteira, de malas.
compre novos óculos,
escreva outras poesias, jogue fora o despertador.
Abra conta em outro banco.
Vá a outros cinemas, novos cabeleireiros,
outros teatros.
Visite novos museus.

- Mude.
Você conhecerá coisas melhores
e coisas piores do que as já conhecidas,
mas não é isso o que importa.
O mais importante é a mudança,
o movimento, o dinamismo,
a energia.
Dessa forma, apenas dessa forma - você viverá.
- Só o que está morto não muda!
(Autor desconhecido)

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Caraminholas...



Prá que será que serve capacho?
Oras bolas, pra ser pisado, limpar os pés, embelezar talvez (ou enfeiar "pra caramba"). Mas serve...
Tem dia que me sinto assim, não propriamente capacho de alguém, talvez capacho de mim mesma. Encontro-me presa nessa gaiola do corpo e, é difícil aceitar que ele tem lá suas limitações. Eu sei que tem!!!
Engraçado que a maioria não vê, muito ao contrário...

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Não me provoque, tenho armas escondidas...
Não me manipule, nasci para ser livre...
Não me engane, posso não resistir...
Não grite, tenho o péssimo hábito de revidar...
Não me magoe, meu coração já tem muitas mágoas...
Não me deixe ir, posso nunca mais voltar...
Não me deixe só, tenho medo da escuridão...
Não me tente contrariar, tenho palavras que machucam...
Não me decepcione, nem sempre consigo perdoar...
Não espere me perder para sentir minha falta!
(by Clarice Lispector)

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Loba versus mitomania!!

O que é mitomania?
Mania por mitos? Nãozinho...
Mito, origem grega, mentira.
Mania de mentir. Mitômano é quem mente muito e sem razão aparente. Explicado?
Tudo esclarecido toca o bonde, senta na janela e curte a paisagem. Mas, torça para não sentar-se ao lado de um(a) mitômano(a).
Sua vida pode virar de pernas para o ar literalmente. Quando você menos perceber não mais estará sentada no banco do bonde e na janela!!! Seu lugar será tomado por aquele... Hehehehe...
Tarde demais para perceber os engodos em que se meteu, não tem retorno, viagem sem volta e futuro obscuro o aguardam. Os cupins que detonam almas estarão instalados dentro de tí feito vírus em PC... Coitadinho de você!!! Tenho dó...

Lembrei exatamente agora que refletí hoje sobre um poema da Clarice Lispector (sic, na verdade, Renato Dieckson, veja observação no final do texto):
"Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais fortes, dos cafés mais amargos, das idéias mais loucas, dos pensamentos mais complexos, das vitórias mais difíceis, das festas mais animadas, das paixões inesperadas, dos sentimentos mais fortes... Tenho um apetite voraz pela vida, um coração bobo e delírios mais loucos. E você pode até me empurrar de um penhasco...que eu vou dizer: E daí? eu adoro voar!"

Pensei na bendita poetisa com o maior carinho e até cogitei a hipótese dela ter vivido experiências similares às minhas, e ter tido também a coragem de colocar no papel o inverso do que sente e pensa.
Dizem que as palavras são como boêmios, à noite elas fluem com mais facilidade. Tendo em vista tais fatos, deixo este texto inacabado. Não tenho nenhum desfecho magnífico para ele.
Entretanto, como gosto de sempre ter a última palavra, vou colar-me à minha amiga íntima Srª Lispector:
Empurra-me de um penhasco!!! Eu adoro voar...

Auuuuuuuuuuuuu (meu filhote já está ensaiando o uivo).
PS.: Orkut também é cultura, acabei de descobrir que o texto é de autoria de Renato Dieckson. Sorry...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Labuta espinhosa...

Ele acabou de sair, eu fiquei pensando como será que ele me suporta e suportará?
Posso estar enganada, mas tenho tudo pra ser a prova de fogo profissional do pobre coitado. Se ele me consertar, será capaz de obter o "Toque de Midas", tudo que tocar será transformado em ouro, e olhe que ouro de primeira qualidade, 750 né??
Sou fácil não (reconheço sem pudor) e, saibam que tenho lição de casa!!
The best!! The chic!!! Very good...
O que é perfeccionismo?
Olho para a baderna instaurada na salinha que vos digito e não encontro traço algum de perfeição. Então, desvio o olhar...
Pronto: phudeuuuuuu.... Fui desviar o olhar justamente prá dentro da Loba. Ai, ai, ai... Isso tem tudo pra virar merda.
Mas, se eu fosse perfeccionista aquí dentro estaria limpo barbaridade, tudo em seu devido lugar. Tsú, tsú... Por onde começo primeiro?
Teias de aranha de montão, ai que medo de encontrar uma caranguejeira!! Gavetas emperradas que não abrem de forma alguma e que, conforme aprendí em Dicas, basta passar sabão que elas abrem. Onde tem sabão?? Pula essa parte das gavetas e passa por debaixo das teias (torcendo pra não topar com nenhuma aranha). Vamos aos fantasmas que estão prestes a levantar-se... Ui, ui... Pula de novo esse pequeno detalhe!!
Está bem, vamos pensar no meu perfeccionismo relacionado ao próximo (não tão próximo). Oras, se não são "próximo" não estão perto de mim, se não estão perto é porque não me importam.
Eurekaaaaaaaaaaaaaaaaaaa!!!!!
Eu não me importo com o próximo... Eles que se phodam literalmente. Pobres coitados...
Será???
Mas como???
Pensando, pensando....
Lembrei até daquela frase boba:
Se o mar tem água e sal e a bolacha é água e sal então o mar é um grande bolachão?
Affe.

Auuuuuuuuuuuuuuuuuu

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Primeiro dia...


Hoje ele esteve aquí...
Cumprimentei-o com as mãos justapostas na altura da testa e inclinei levemente a cabeça e os ombros em sinal de respeito, mas respeito por tudo que tem feito por meu filho.
Agora começa a fazer pela mãe. Que Deus o oriente e guarde.
Logo no início da longa sessão pedí licença e busquei um pedaço de papel, no caminho já mudei de idéia e achei melhor pegar uma toalha. Enxuguei, assoei, assoprei, molhei, encharquei, ensopei, está de molho em balde no presente momento.
Reviví coisas vividas terríveis de doloridas, penso se vale a pena mexer em tais lembranças podres e fétidas. Mas, sei que se não fizer isso não vai valer a pena perder nosso tempo.
Quero reviver as doloridas, ensopar mais toalhas, descobrir onde pisei na minha bola e dei com a cara no chão. Sei que nesses momentos vou descobrir que a bola não era só minha, alguém mais estava no jogo e eu não ví. Bola dividida, tenho de aprender a reconhecer que errei o passo.
Tenho de limpar o sótão!!
Os monstros vão acordar e arrastar suas correntes, já estou sentindo a vibração.
Por isso mesmo, se tivesse uma saia rodada rosa e uma sapatilha que combinasse, já teria me matriculado nas aulas devidas.
Como não as tenho, visto meu velho e surrado jeans que cai bem com a camiseta preta, o cinto preto e o coturno de solado grosso, procuro no armário o boné de alvo e vou para a aula de tiro!!!
Auuuuuuuuuuuuuuuuuu

sábado, 31 de janeiro de 2009

Papucha da Tia Fá...


Lembro muitíssimo bem da linda bolachinha em meu abraço!
O cabelinho sempre cheiroso, a pelezinha sempre macia e os beijinhos da boca pequena no meio das enormes bochechas não faltavam em minha face.
Dar-te-ia o mundo minha pequena Fran, dar-te-ia, mas não o tinha para dá-lo!!
Em casa de Vó Cida, você sempre chegando na quietude de sua criancice no meio dos irmãos mais velhos e escolados, e pousava aconchegada e doce no meu abraço amalucado. E eu te girava, girava no ar, segurando em seus bracinhos frágeis. Você tonteava, manquitolava, recuperava as forças e pedia à tia maluca:
- De novo!!!
Há como eu pedia ao Patrão lá de cima que o futuro me reservasse uma igual. Quando via que estava pedindo demais, olhava nos seus olhinhos apertados, cheirava profundamente seus cabelos, beijava com muita força suas bochechas macias e dizia:
- Bolacha, cresce não, papucha da Tia Fá. Promete que você não vai crescer???
Sabe o que esse pedido queria dizer? Medo de sentir a saudade que sinto agora, muito medo, e, já sei a muito tempo que essa bendita dói demais.
Por isso mesmo, passei esses dias crochêtando para você. Tal atitude, para uma pessoa agitada como eu, significa que a cada ponto que dei foi lembrando da saudade que sinto, das alegrias que viví ao seu lado e do quanto lhe desejo o melhor deste planeta azulzinho. O melhor há de vir, estou decretando em nome do meu amor por tí.
Amanhã vou te vislumbrar paramentada de noiva. E, sei que as lágrimas vão teimar em rolar. Não pense que chorarei por medo da felicidade não estar te esperando minha bolachinha, é simplesmente pelo fato de que minhas emoções nos últimos tempos só transparecem de tal forma!!
Obrigada, muito obrigada por fazer-se tão presente em minhas esquecidas e tão poucas lembranças. Inacreditavelmente lembro de tí na maioria delas. Deus explica...
Smack!!!!

terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Madrugada afora...

Tive um dia tumultuado, cheinho de contradições conflitantes chocando-se nos meus débeis miolos.

domingo, 18 de janeiro de 2009

Procura-se um chinelo velho.


Procura-se um chinelo, velho, mas que aceite o meu pé torto.
Não precisa ser bem conservado, aceito um usadíssimo e surrado, mas que saiba amoldar-se aos meus calos e saliências. De preferência, tal chinelo tem que ter audácia e vontade de pisar em novos campos e experimentar as novas deficiências que vão lhe ser impostas. Ademais, terá que saber acomodar-se às partes íntimas e escondidas de meu pé torto, que exigem compressão extrema, visando alívio das dores infinitas que me afligem.
Em contrapartida, prometo trazer-lhe o zêlo e o amor que lhe faltaram durante sua longa existência que acabaram por torná-lo surrado. Pressinto que será finalmente a sociedade perfeita.
(Espero continuar)

Original:

Procura-se um chinelo!

Não necessariamente de pelúcia importada, chinelo ortopédico ou algo do gênero, meu pé torto contenta-se com o couro crú da cabra do quintal, produto genuinamente nacional!
Não precisa ser chinelo novo, pode ser surrado, mas que não demonstre as cicatrizes das bordoadas que levou na vida, contento-me com lindas tatuagens a encobrí-las...
Não faço também questão de solado macio, haja vista que meu corpo promete com empenho a tentar amortecer as dores de pisadas ingratas.
Procuro um chinelo confortável, não quero de número menor, quero folga e experiência de vida em amoldar pés tortos! Busco desesperadamente aquele tipo de chinelo que pode se amoldar aos meus calos e saliências e, que venha a se sentir feliz em poder cuidar dos meus aleijões.
Em troca, prometo que o pagamento será a afinidade total entre meu pé torto e as partes mais internas do chinelo. Viverão as saliências com reentrâncias em perfeita harmonia e troca de sabedoria. Meus calos esquentarão, umedecerão e amaciarão a rusticidade do couro. Evito assim a paralisia do chinelo encostado em um canto qualquer e trago ao meu pé torto um pouquinho de alento nessa vida.



Esse texto escreví em resposta à um ex-desafeto que se tornou um amigo, na oportunidade em que ele me alfinetou dizendo que todo pé torto tem seu chinelo. rsrs
Obrigada MaC, com seu “afago delicado”, saibas que trouxestes frouxa inspiração para essa alma de pé torto. Quem sabe um dia eu escreva uma oração àqueles pés tortos que procuram seus chinelos?????

Viver é escola... para sermos aprovados nela, o que importa não são as notas que obtemos (pois podemos colar, decorar a matéria, etc...) mas sim nosso empenho em aprender.

Dando milho aos pombos em pleno domingo.

Certa feita fui acometida por uma idéia fixa, a de encontrar o sapato ideal para o meu pé torto.
Confesso, sem pudor algum, que naqueles velhos tempos eu ainda acreditava que encontraria a minha alma "penada", mas ultimamente descobrí que não fui feita para o amor. Creio que esse sentimento é algo muito sublime para a mulher que sou e aparento ser. Ele simplesmente não desperta entre minha alma e a oposta, tendo em vista que o meu "sou" sempre arruma um jeito de se chocar com o "que aparento ser".
Nunca fui de ficar na praça dando milho aos pombos, mas ultimamente tento pegar o bonde andando e exijo meu lugar privilegiado na janela, se não encontro tal lugar prefiro ficar na praça e, geralmente não tenho o milho dos pombos, me sujeito à saraivada de fezes quando ditas aves encontram alguém que os alimente.
Cerca de três anos atrás, alguém muito sarcástico, sugeriu que prá todo pé torto (eu, obviamente) poderia encontrar um sapato (o coitado de alma penada). Em homenagem à sugestão, eu escreví um belo texto, que infelizmente perdeu-se no mundo internético e não permaneceu guardadinho no meu velho baú de lembranças postada em papéis mal acabados. Vou puxando pela memória e, a cada lembrança nova, volto aquí e edito o texto.
Isso, se a vontade de resgatar o meu clamor permanecer tão grande quanto neste momento.

Auuuuuuuuuuuuuuuuuu

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Condolências ao ser humano sofrido


Tempos idos, que graças aos céus não voltam mais, me fazia de adolescente revoltada, e na mesma oportunidade, uma vizinha ricaça que da cerca de madeira fez um belo muro lindamente rebocado, empregava (ou talvez escravizava) uma negrinha arretada, sofrida, que vivia mostrando os dentes podres da boca.

A bela negrinha, magrinha, trabalhadeira, não tinha mais que 14 anos. Trabalhava muito, sorria bastante e corria demais para poder agradar a patroa perua que não suportava crianças e flores, mas tinha fissura em carros novos, belas jóias e amantes.

O nome fictício da negrinha sofrida só pode ser Matilde, não vem outro nome à cabeça da Loba.

Minha mãe sempre contava que a mãe dela era uma alcoólatra, que moravam em casa de pau a pique e que dava pra ver uma pessoa do lado de dentro. Complementava, com admiração que Matilde sustentava os irmãos menores com o pouco salário que recebia no trabalho escravo e que seu irmão mais velho era um andarilho que só Deus sabia onde estava.

Lembro dela na cozinha da minha mãe dizendo mais ou menos assim:

- Dona Cida, óia que fácim. A gente joga esses número aqui e se fizé a quina (loto) nóis fica ricu. Faiz seu jogo e dá o dinhêro que levo lá em riba (centro da cidade) e faço o jogo pra sinhora.

Ela já sonhava!

E começou com o tempo a sonhar com o casamento. Vestido branquinho, grinalda com flor de laranjeira e noivo ao lado de nome Malaquias*.

Lembro do casório de Matilde como se fosse agora. Teve inté churrasco!! Malaquias tava de terno, Matilde alugou um com suas economias. Começou bem Matilde, pagou o aluguel do terno do futuro marido e continuou vida a fora, sustentando outro alcoólatra e os três filhos que este lhe deu.

Minha mãe, a gorda italiana exigente, sempre a amou, dizia que mulher alguma fazia tão bem a limpeza que ela realizava, mas as duas “não prestavam juntas”, pois conversavam demais e o serviço não rendia. Por vezes, Matilde foi trabalhar levando consigo algum dos filhinhos que ela deixava em creches ou com alguma mocinha da vizinhança. Ela levava o mulatinho lindo (segundo filho) em um carrinho de criança que provavelmente ganhou de alguém, o mulatinho chorava e minha mãe dizia:

- Chora não negão! Sua mãe precisa trabaiá, vem no colo da vó que te dou uma bolacha.

E o mulatinho gargalhava...

Matilde dizia que queria que eu fosse a Madrinha do Cristiano*, eu não aceitei, pois achei muita responsabilidade (parece que eu tinha bola de cristal).

Na oportunidade, fiquei grávida do meu Paulo Gustavo e logo após, Matilde grávida do terceiro filho, que foi uma linda menina. Meu filho nasceu em fevereiro e a mulatinha dela rebentou em julho. Fui visitar, levar roupinhas, mamadeiras, etc, etc...

Meu Gustavo gordo e corado em meus braços, a mulatinha no bercinho pobre, chorava pelo colo da mãe e os outros puxavam sua saia, pedindo as guloseimas e presentes que eu havia levado. A mulatinha foi batizada com o lindo nome de Linda*. E toca o bonde...

Tocando o bonde com muita correria e força, Matilde comprou uma casa popular em bairro violento e distante da cidade, e transformou a caixinha de fósforos em casinha digna da inveja das vizinhas que não se esforçavam como ela. Matilde não aprendeu a falar, mas Matilde, como ninguém, tinha forças para trabalhar das 06:00 às 23:00 horas como a melhor diarista da cidade. Corriam boatos que Matilde na circular (ônibus) batia papo dizendo que havia pintado as janelas, trocado o piso da cozinha e até comprado as lajotas pra construir uma ridícula (entenda-se edícula) nos fundos. O mulherio do bairrozinho, morria de inveja e criticavam pra valer:

- Muié desnaturada, só pensa em trabaiá e sustentá o marido bebo dela. As criança fica largado na creche, e ela só pensa em fazê mansão na Jaboticabeira (bairro).

Meu filho tinha 12 anos completos, Linda 12 anos também (menos 5 meses). E linda já estava pra parir. Puta que pariu! Fiquei assustada demais, e Matilde sorridente e sob lágrimas, disse que ia ser vó e que o cara ia ter que dar ao menos o leite para o netinho....

Na mesma oportunidade, soube que Cristiano (14 anos) estava preso e que Matilde precisava de mim lá no Fórum. Fui lá...

- Doutora, esse menino está sendo aviãozinho de drogas, tem que ficar detido no Conselho Tutelar uns tempos.

Matilde continuou sorrindo e dizendo que o filho “ia se emendá dessa veiz”.

Pouco tempo depois, novamente Cristiano detido.

Cristiano magrinho... Cristiano sem “trabaiá e percisando de um serviço”... Cristiano “não querendo durmí e na rua o tempo todim”...

Ontem cedo, telefonema da Italiana gorda, senhora minha Mãe com M maiúsculo em prantos:

- Fia, mataram o Cristiano, fio da Matilde lá no Jabuticabeiras. Com seis tiro, ele tentou corrê, mas os homi pegaro ele.

Fui ao velório pedindo pra minha Italiana ficar por lá de boca fechada. Conduzi pelas mãos minha mãe gorda com dificuldades para andar até o caixão, em centro comunitário do bairro violento Jabuticabeiras.

No caminho fui dizendo pra minha Italiana que chorava de pena da protegida:

- Lembro da Matilde comprando loucamente Tele Senas e dizendo que ainda ia ficar milionária e me daria um carro zero. Lembro da Matilde gargalhando e chorando ao mesmo tempo. Lembro da Matilde levando porrada desde pequenina. Porque Deus permite que um anjo como ela tenha vindo ao mundo só para sofrer?

Em uma cadeira, estava prostrada a Matilde, magrinha, olhos fundos, cara de dopada, dentadura nova na boca larga, cabelos esticados e brancos.

Minha mãe, atenta e obediente aos meus conselhos, debruça-se sobre Cristiano, nos seus 17 anos, e começa a chorar, dizendo ao defunto bonito coberto de flores brancas:

- Negão, você dava tanta gargalhada pra vó, será que o filho da puta que fez isso com você não pensou na sua mãe???

E, depois de dito isso olha pra mim assustada.

Engulo em seco pensando:

- Italiana bocuda, você não tem jeito mesmo mãe.

Matilde, em esforço supremo levanta, se arrasta até minha mãe. Na gorda molenga Matilde se agarra, como se fosse uma tábua em alto mar, e lastima em voz alta.

- Meu fio era tão bonzinho, me dava tanto beijo, dizia que nunca ia me abandonar. Ele jantou e saiu, daí escutei uns barulhinho de bombinha. Daí ele vortou dentro dessa caixa. Por favor Dona Cida, traiz meu fio de vorta, minha vida acabô....

Matilde continua e com a mão frenética esfrega o rostinho de Cristiano, os cabelos, os braços do filho morto dentro da “caixa”. Lá fora, o Malaquias recebe os visitantes sobre o efeito da “marvada” pinga!

Seguro as lágrimas, mas elas teimaram em rolar, grossas, densas... Este é o nosso planeta azulzinho.

Todos os nomes foram alterados.

21/Maio/2008

Dá um tempo.


Você me dá??
Se der saiba que deu
Então não cobre mais.
Não devolvo, vou devorar, usar e abusar.
Mas, depois não me peça de volta
Já se foi, escoou entre os dedos
Usei, simples assim!

O tempo não voa, mas também não pára.
Ele será todo meu,
Voa relógio e apague lembranças.
Farei dele o que quiser.
Venha o que vier, só não vou viver de esperanças.

Deu o tempo, não reclame.
Sem choro e sem vela
Se eu recuar depois não aceito reclamações
O tempo é meu, só meu, faço dele o que quiser.
Simples assim!!!

Auuuuuuuuuuuu

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Piadinha pueril...

Lembrei de uma piadinha boba, que diz tudo sobre o caráter de alguém:
O moço vai até a casa da namorada pedí-la em casamento e senta-se para uma conversa com o pai da noiva.
O pai vai logo perguntando:
- O senhor estudou?
O moço responde:
- Sim senhor, cursei três faculdades.
- O senhor trabalha?
- Sim, tenho dois trabalhos.
- O senhor possui bens?
- Sim, possuo quatro imóveis.
- O senhor tem automóvel?
- Sim senhor, na minha garagem atualmente estou com cinco automóveis novos.
O pai pensa, que bom rapaz, parece um partidão para minha filha.
Ato contínuo o moço diz:
- Tenho só um pequeno defeito, mas é bem pequenino, um defeitinho insignificante.
O pai então pergunta:
- Qual?
O moço então, tranquilamente responde:
- Eu minto um pouquinho.

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Meus sais...

Não aguento mais ouvir buáááá... buááááá... me perdoa.... buáááá... me desculpa... buááááá... eu te amo tanto... buááááá... Vou te fazer a mulher mais feliz do mundo... buáááá...
Meu ouvido não é penico, e tenho dito e repetido.
Se talvez o buáááá dissesse assim:
- Me perdoa Princesa, tenho por aquí uma Ferrari e uma poupança polpudérrima em seu nome, fora a mansão lotada de empregados bons e eu te amando.
Talvez eu deixasse os escrúpulos e a raiva de lado e pensaria melhor na decisão à tomar.
Mas dessa forma? Tsú, tsú... Não dá pé. A razão prevalece de forma indubitável.
Enquanto isso, vou pensando na melhor forma de sobreviver com minhas dores e mágoas.
Tenho andado retinha!
Não olho em direção de homem algum e, se algum afoito chega com conversinha mole mando-o catar coquinhos e deglutí-los sem mordeção, a eliminação depois fica com ele.
Karalhus (como é aliviador escrever palavrões por aquí)...

Auuuuuuuuuuuuuuuu

segunda-feira, 12 de janeiro de 2009

Cara de aroeira!

Tem gente que acha fácil falar "te amo", "desculpas".
Puta
que os pá!
Na tola opinião da Loba Boba aquí, estas palavras são sagradas, só digo se é do fundo da alma.
Mas as pedras do meu caminho insistem em tentar me enganar, abrem a bocarra e usam o sagrado pra me fazer de mais boba do que já sou.
Quando acredito em uma delas, em pouco tempo descubro que meu rabo está na rota de colisão das picas migratórias. Tenho vontade de abrir a boca de forma a expor os pulmões ao mundo e enfiar goela abaixo estopas incendiárias.
Arre égua!
Um dia venço a batalha, não acreditarei na declaração de amor, não perdoarei e não sentirei sequer um centésimo de grama à atormentar minha tão sofrida consciência.
Nesse dia eu venço a guerra, por enquanto só me deixem repousar em paz.

Auuuuuuuuuuuuu

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Feito gaivota.

Imagino a cena: Vôo solitário, tentando superar limites.
Vem à mente Fernão Capelo Gaivota.
Perfeito: Fátima Wolf Gaivota!
Ops... almoço... depois continuo!!

quinta-feira, 8 de janeiro de 2009

Sempre assim


Os sintomas manifestam-se sempre da mesma forma.
Um turbilhão de pensamentos, fico morgando, me procurando, reviro o baú de velharias.
Meus dedos começam a coçar, mas a mente não acompanha tudo que vem. Tomo medicamentos, acalmo os monstros e fuço muito nas recordações. Por fim, o sono me apanha e me leva, por vezes ao paraíso e em outros momentos ao inferno.
E se tivesse feito tudo diferente, seria eu quem sou?
Saberia como é o gosto amargo da decepção?
Saberia dar valor às mínimas coisas como geralmente faço?
Teria em meus olhos os retratos das alegrias vividas?
Sei que não!!
Portanto, uma lição aprendí:
Se subo na montanha-russa não tem mais retorno, fecho a bexiga e deixo a barriga gelar...
E tudinho com os olhos bem arregalados.

Auuuuuuuuuuuuuuuuuu

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

Balançando minha cria!!!


Não é de morrer de orgulho??
O garoto chulézento, de cabelos espetados, de repente segura a onda da gente! Assim, sem muitas palavras e sem pegação no pé...
Eu baboooooo!
Afinal, no balanço de 2008, ele só levou zero nas ajudas domésticas (buáááá), em compensação, foi aprovado com louvor em tudo que se meteu a fazer e, aprovado também por todos que o conheceram e conhecem.
Enquanto isso, vou me alimentando desse amor profundo.
É... Deus pensou muito em mim quando colocou esse anjão desajeitado na minha barriga.
Tão pensando o quê? Também sou filha de Deus meus amigos.

Auuuuuuuuuuuuuuuu

Fogueira das vaidades


Arre égua!!!
Assim caminha a humanidade...
Nos botam debaixo dos pés "canoas furadíssimas" e a gente pensa que pisa em porto seguro.
Tchibummmmm na Loba-véia-que-pensa-saber-algo.
Que se dane, vai que no porto seguro os cascos da Loba apodrecessem??
Mas eu avisei a Loba, juro de dedinhos cruzados, que avisei a tontona. Vai não menina!
De que adiantou??
Acho que ela queria tomar banho de água podre. Ecaaaa....
Só pode!!! Bem feito...

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Minha descrição Orkutiana...


Morro e não vejo tudo. Então, só sei que nada sei...
Podem olhar meu perfil a vontade, pois vou sempre xeretar o de vocês! Quem está na chuva é para se molhar e, se você está aquí bisbilhotarei. Todo mundo agora com receio de olhar o perfil dos outros? Não precisam me dar satisfações.
Querem saber um pouco de mim?
* Já subí escadas de salto alto e saia justa e continuo preferindo meu surrado tênis...
* Já segurei filha morta nos braços e berrei no banheiro de dor e saudades...
* Já discutí com um batalhão de policiais, eles tiveram que me segurar e depois riram comigo...
* Já sentí fome e não tinha dinheiro para o ônibus...
* Já fui para o lado de lá e pude ver e sentir maravilhas..
* Já me esfolei toda em trampolim do clube quando boboca adolescente e hoje me aventuro em pontes e rios...
* Já adquirí cicatrizes na alma e no corpo resultantes dos micos que paguei...
* Já comparecí ao velório de um senhor vítima de latrocidas, que por sinal era o meu pai e depois...
* Já quebrei o salto dentro de um Fórum de Justiça e o DD Magistrado se sentiu constrangido em meu lugar...
* Já saltei da altura de 60 mts amarrada na cintura por uma corda seca, que um drogado deu os nós...
* Já parí um natimorto sem assistência médica dentro de um hospital e pude no mesmo dia dar a devida lição moral no médico negligente...
* Já ninei e dei o seio à um bebê corado, que hoje me enche o saco de alegrias...
* Já comí "chipas" nas ruas sujas do Paraguay...
* Já sonhei que era um gigante, uma bruxa, uma cafetina e fui anjo em alguns...
* Já confundí creme de barbear com creme dental e shoyo com coca-cola...
* Já mandei carro novo para o ferro velho, andei de ônibus e depois nem para o ônibus tinha grana...
* Já fui partner de um atirador de facas em circo vagabundo, e meu filho dizendo "vai não mãe!"...
* Já sentí o gelado do cano de uma arma engatilhada nas têmporas, tanto que sentí o frio por meses seguidos...
* Já enfrentei a morte, saí vitoriosa e confesso que tenho saudades dela...
* Já tive suspeita de câncer e já cheguei à desejar que ele fosse em mim no lugar do meu irmão...
* Já cantei "Abandonada" em karaokê, pretendia cantar mais e acabei me pondo no devido lugar...
* Já tirei dez em filosofia e zero em matemática...
* Já usei óculos e não me livrei ainda deles...
* Já plantei uma árvore e pude escolher a espécie, plantando um pau Brasil...
* Já tive filho de parto normal sem anestesia, cesáreo, aborto espontâneo e dei conta do recado sem fazer escândalos...
* Já passei noites sem dormir cuidando de cachorro doente, hoje eles fazem festa de arromba quando ouvem o motor do meu carro...
* Já fiz promessa prá ir bem na prova e no final fui mal prá c...
* Quando garotinha namorei três de uma vez e hoje fiquei longos períodos torcendo prá aparecer meio...
* Já pulei a janela tentando ter liberdade e um dia me tranquei em um quarto buscando ter conforto na solidão...
* Já tentei dançar, andar de patins e skate e acabei desistindo de insistir...
* Já troquei alhos por bugalhos e remela por olhos...
* Já semeei amor e acabei apalermada vendo a erva daninha crescer até me devorar e eu lá sem nada entender...
* Já perdoei erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis...
* Já fiz coisas por impulso (e ainda faço), já me decepcionei com pessoas que nunca pensei que iriam me decepcionar, mas também decepcionei alguém...
* Já tive medo de perder alguém especial (e acabei perdendo)!
* Já deitei na grama de madrugada e vi a Lua virar Sol, já chorei por ver amigos partindo, mas descobri que logo chegam novos, e a vida é mesmo um ir e vir sem razão.

Foram tantas coisas feitas, momentos fotografados pelas lentes da emoção, guardados num baú, chamado coração.
Minha experiência de vida? Essa pergunta ecoa no meu cérebro.
Será que ser "plantadora de sorrisos e lágrima" é uma boa experiência? Creio que não!
"Experiência? Quem a tem, se a todo momento tudo se renova?"

sábado, 20 de dezembro de 2008

Loba The Chic!!

Acordo cedo...
Faço um cheiroso café
Ligo o computador
Verifico as publicações legais
Vou dar uma espiada no Orkut

A gatinha tá lá esfregando o "tour" pela Europa ao lado do amante na nossa cara.
Normal...
Aí eu dou aquele suspiro, clico em determinado link e...
tchan-tchan-tchan-tchan!
Olha lá!
Fizeram uma postagem especialmente em meu nome!!!!!
Nada mais, nada menos que meu nome completo, inclusive: BAD CHIC LOBA
Meninas, podem se matar. Eu deixo...

Auuuuuuuuu - Huahuahua (é fácil ser feliz)

Injustiça em uma etiqueta.

Alegrou os meus olhinhos ver o vestido deslumbrantezinho, vermelhinho, perfeito para a noite de natal, com decote profundérrimo nas costas e drapeado provocante na área de lazer dos bebezões de plantão.
Decepcionou os mesmos olhinhos verificar que o dito cujo estava enfeitando um manequim sem cabeça, pálido e esquálido, postado na vitrine da loja da esquina. Doeu constatar que o manequim se exibia naquela décima primeira maravilha do mundo e eu não podia sequer tocá-lo.
E como minhas janelinhas ficaram amarguradas ao tomar conhecimento que uma "vaca" qualquer teve condições de comprar o mesmo modelo na cor preta. A sorte da Loba é que o modelo não permite morte por inveja ao cruzar com a "Vaca de vestido preto" nas esquinas da vida! Uffa...
Mas, facada feroz nos meus faróis foi chegar nas orelhas o preço aviltante daquele horroroso vertidozinho vermelho. Pensei que fosse voz de assalto e imediatamente renunciei em nome do filho do Omopai.
Saí de lá, após a voz de assalto a me perguntar:
Vacas valem mais que Lobas?
Inveja mata?

Auuuuuuuuuuuuuu - Marinês, esse texto é nosso! A inspiração foi tua minha amiga!!!
A Loba precisa dizer uma coisa que não quer calar:
O MEU DEUS É O DEUS DO IMPOSSÍVEL...
Ao longo da vida pude constatar que Deus não faz coisas pequenas por mim... Ele só faz o IMPOSSÍVEL!!! Por você, meu amigo(a) ele pode fazer o mesmo...
Auuuuuuuuu