quarta-feira, 30 de dezembro de 2009

terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Mudança de ano

Dentro de mim existe algo bem sentido
Um sentido bem guardado
Dentro de um peito definido
Que te segue alucinado.

O algo sei definir muito bem
E sabes tocar no exato ponto
Encontras em meu peito também
E fazes de tudo um grande encontro.

Nos amamos, tão simples assim
Caminhamos, sempre seus olhos em mim...
Os circunstantes por vezes não reconhecem
E perdem a benção de uma prece.
Meu sentido causa torpor na humanidade
Que não conhece o sentido da lealdade.

Me pergunto qual a estranheza
De se deparar com um amor que só traz leveza.

Vamos nos amando em 2010,
construindo nosso amor unidos
Provando ao mundo que tudo é possivel,
quem sabe assim a humanidade,
aprenda o amor plausível!!!

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Canção das mulheres

Que o outro saiba quando estou com medo, e me tome nos braços sem fazer perguntas demais.
Que o outro note quando preciso de silêncio e não vá embora batendo a porta, mas entenda que não o amarei menos porque estou quieta.
Que o outro aceite que me preocupo com ele e não se irrite com minha solicitude, e se ela for excessiva saiba me dizer isso com delicadeza ou bom humor.
Que o outro perceba minha fragilidade e não ria de mim, nem se aproveite disso.
Que se eu faço uma bobagem o outro goste um pouco mais de mim, porque também preciso poder fazer tolices tantas vezes.
Que se estou apenas cansada o outro não pense logo que estou nervosa, ou doente, ou agressiva, nem diga que reclamo demais.
Que o outro sinta quanto me dóia idéia da perda, e ouse ficar comigo um pouco - em lugar de voltar logo à sua vida.
Que se estou numa fase ruim o outro seja meu cúmplice, mas sem fazer alarde nem dizendo "Olha que estou tendo muita paciência com você!"
Que quando sem querer eu digo uma coisa bem inadequada diante de mais pessoas, o outro não me exponha nem me ridicularize.
Que se eventualmente perco a paciência, perco a graça e perco a compostura, o outro ainda assim me ache linda e me admire.
Que o outro não me considere sempre disponível, sempre necessariamente compreensiva, mas me aceite quando não estou podendo ser nada disso.
Que, finalmente, o outro entenda que mesmo se às vezes me esforço, não sou, nem devo ser, a mulher-maravilha, mas apenas uma pessoa: vulnerável e forte, incapaz e gloriosa, assustada e audaciosa - uma mulher.

by Lya Luft

Interrogando...

Adormecí e despertei em cólicas.
O planeta azulzinho não me agrada, confesso solenemente. O que me cerca está morto e não sabe, ou o que vive está vivendo por fingir. Meu amor exige, não sabe dar. E quem gosta de mim quer que eu seja o que eles precisam que eu seja. Não consigo mentir e, não mentir é um dom que o mundo não merece de mim...
(Clarice??? rsrsrsrs)

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Pêssegos em calda...

Pêssegos maduros,
em calda fria e doce.
Me parecem tão suculentos quanto sua pele,
a suave porcelana.
O tato quer sentir,
a língua quer tatear e degustar
os pêssegos gélidos.
Todavia, porcelana quente com pêssegos frescos...
Para o tato e o paladar tudo beira à perfeição,
pois minha língua bem sabe a alquimia da união.

Inevitável

Se quando me fito
Em meu espelho
Eu fico tão perplexa
Quando olho
Que vão ficando em mim
Muitos fios brancos.
E no meu rosto
Marcas do meu tempo.
E assim eu vou me vendo
Bem mais velha,
E nada posso contra
O que vejo.
Implacavelmente
Vou morrendo.
O tempo jamais para,
Pra dar tempo.
Inevitável e, deliciosamente invejável.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Submergindo


Com sofreguidão retorno da profundeza.
Subo à tona, tomo ar e o tom.
Fico, me tonifico.
Inspiro, expiro e calmamente espero.
Inspiro novamente, devagar, vagarinho...
Experientes nadadeiras me levam à margem e,
marginalizada, tonificada e inspirada, repouso.
E pronto! Em um só gesto estou inspirando o amante, o amado.
Experimento com gosto,
sorvo cada gota das palavras do inspirado totalmente experimentada,
respirante e arfante.

Loba Seforé.

Aprofundando

Mergulho, afundo, pro fundo, profundamente...
Não sou do fundo e não permaneço afundado, sou profundo, profícuo.
Deleito e exponho não a pessoa, mas sim as minhas idéias e, se você tiver sorte e fé exponho também, completamente desnuda, a alma.

E continuo dizendo do fundo da alma profunda:
"Beijos de luz em todas as direções".

Amor Polvo

O menino permanece na minha frente.
Bah, que grande sentimento!!
Pergunto, de que me serve o teclado, a tela e o verso?
O amor polvo me parece
rubro véu, suave porcelana.
Homem imenso, metade de mim,
que pretendes do meu desejo?

Pois amanheceu o dia e eu queria lhe dar uma poesia.
Mas eu fazia, refazia e não nascia...
Esquecia que nada se cria, tudo se copia.
Flexionei o verbo para o presente
resolví criar ao invés de copiar, fazer e talvez refazer
Lembrei que estou ausente...

Ausência do seu abraço
saudade doentia do seu enlaço...
Busquei aconchego em nossa cama
e lembrei novamente do nosso amor polvo:
rubro véu, suave porcelana!!

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Adquirindo olhos de luz

Eram sonhos? Eram vertigens?
Era sexo? Não sabia...
Tinha em vista muitos adjetivos,
mas não entendia.

E te chorava, e me esparramava,
e em seus braços me encontrei.
Foi nuvem negra? Dia sombrio?
É tudo que sei!

Os olhos que trago, os olhos são sós.
E sozinhos eles dirão.
Se vem de dores ou de alegrias
postos em tí, meu coração.

Tal como são meus olhos, não me aprofundo
a levar-te para onde forem.

Tudo que sei é de terem chorado
pelo meu amor, grande e sonhado.
Agora sorriem, feito feixes de luz
da mesma forma que seu amor me traduz.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Somos

Orvalho da manhã. Cheiro de terra molhada.
Livros de poesia espalhados.
Imagem colorida na retina. Toque aveludado nos dedos.
Pés descalços na relva. Crepúsculo dourado.
Massa de pão crescente. Beijo na boca da gente.
Éramos dois.

terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Hoje é hoje, amanhã será...

Amanhã será.
Ser há, de ser e haverá!

Inspiração...

Pronto, não mais tenho dúvidas
Inspiração advém de sentimentos.
O oco não produz, não galga, inutilmente se cala
A vida ensinou-me a viver o momento
Pois palavras soltas ferem feito bala.
Atravessam liames instransponíveis
E vão corroendo feito vermes
Só fazem perpetuar sentimentos intransferíveis
E impedem o roçar mágico de nossas epidermes.

Não nego,
Carrego na alma cicatrizes
Feito o artista e suas diferentes matizes
Encontro em minhas marcas o exato tom
Sempre sabendo que ninguém me tira o dom.

Sei que seu olhar me prende e arrebata
Mas traz a consciência clara de que tudo pode ter fim
Carrega consigo, o seu olhar, a flexa que mata
e diz com todas as palavras, aquela exata:
Pobre de mim!!!

Tudo muito simples...


Não sou rosa pra me considerar "terrível com meus espinhos", mas sou mulher suficiente pra exigir que respeitem meus sentimentos.
Não sou cristal pra dizer que "uma vez quebrada não tenho mais conserto", mas sou humana o bastante pra saber que ser for ferida não existe atadura nem medicamento que resolva.
Não sou palavra "que proferida não tem volta", mas sou consciência que recebe as palavras tortas e as vomita.
Não sou farinha "que uma vez espalhada não tem como ser reunida", mas tenho caráter pra lidar com essa parafernália toda de certo e errado.
Tenho valores inigualáveis e inatingíveis, não vou perdê-los pelo simples fato de saber que alguém nunca os teve e agiu de modo diferente do meu.
Quero sim, ser cada vez melhor e lapidada, mas também não abro mão do meu direito de experimentar de um modo especial o meu jeitinho de amar. Sei amar como ninguém, amar de corpo e alma, amar pelo simples fato de amar, assim como sei rejeitar o que não me é benéfico. Sei por pedras em cima de sentimentos mesquinhos, sentimentos refletidos em minha pessoa e que querem dizer por mim.
Meus gestos falam por sí! Se alguém não conseguir interpretá-los devidamente, nada posso fazer a não ser dizer intimamente:
- QUE PENA! MINHA INTENÇÃO REALMENTE NÃO FOI ESSA.